quarta-feira

Ambíguo

Persegue-me a natureza de ser inconstante. De não conseguir retratar o que não cabe no peito. O que extravasa. Sensível é sentir tudo junto.

Quando as ideias decidem tocar o corpo, há um beijo doloroso entre mente e estômago.
Sim, eles só se entendem assim.


Viver esperando que um milagre aconteça, mas qual? Esperar o que de quem? Alguém aí tem respostas para as dúvidas?

E a sociedade, o que pensa sobre o amor?
Ah, me esqueci. Amor é aquele que o dinheiro compra. Quem liga?

Voltando ao assunto: ser volúvel.

Mudar de opinião. Gostar de admirar. Gostar do quê mesmo?
Já havia me esquecido.
Quando os medos chegam, abaixo-me devagarinho para tocar o chão com os dedos dos pés. É preciso saber que há algo que segura, mesmo que seja o chão.


Inveja mesmo só das pessoas que possuem certezas. Se vai chover, fazer sol, o que quer comer. O mundo te coloca num menu de escolhas e você é obrigado a saber de tudo. É obrigado a agir como todos. Pensar. Ahh... Tem que parecer bem, saúdavel. Trabalhar. Estudar. Estável. Admirado. Ter filhos. Casar. Possuir opinião. Valores. Moral. Escolher, escolher e escolher.
Deveríamos ter nascidos velhos e morrer novos. Porque viver, muitas vezes, é um saco!

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